Brasil formaliza redução das emissões de carbono até 2030

País se comprometeu a eliminar o desmatamento no mesmo período
Bolsonaro cobrou que o mundo defina uma regulamentação para o mercado de crédito de carbono para que o Brasil tenha acesso a pagamentos por serviços ambientais prestados pelo bioma amazônico

O presidente Jair Bolsonaro participou na manhã desta quinta-feira (22) da Cúpula do Clima. O evento virtual, que começou hoje e vai até amanhã, é organizado pelo governo dos Estados dos Unidos. Foram convidados 40 países para o encontro. A cúpula antecede a 26ª Conferência sobre o Clima, a COP26, a ser realizada em novembro em Glasgow, na Escócia. Um dos principais objetivos é impedir a elevação da temperatura média do planeta acima de 1,5 grau neste século.

Bolsonaro formalizou as metas de redução das emissões de carbono do Brasil até 2030 (e também até 2050). Ele também apresentou o compromisso de eliminação do desmatamento até 2030 – e cobrou que, até a próxima COP (conferência das partes), o mundo defina uma regulamentação para o mercado de crédito de carbono para que o Brasil tenha acesso a pagamentos por serviços ambientais prestados pelo bioma amazônico.

"Determinei que nossa neutralidade climática seja alcançada até 2050, antecipando em 10 anos a sinalização anterior. Entre as medidas necessárias para tanto, destaco aqui o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030, com a plena e pronta aplicação do nosso Código Florestal. Com isso, reduziremos em quase 50% nossas emissões até essa data. Há que se reconhecer que será uma tarefa complexa. Medidas de comando e controle são parte da resposta. Apesar das limitações orçamentárias do Governo, determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados às ações de fiscalização", destacou Bolsonaro.

"Os mercados de carbono são cruciais como fonte de recursos e investimentos para impulsionar a ação climática, tanto na área florestal quanto em outros relevantes setores da economia, como indústria, geração de energia e manejo de resíduos. Da mesma forma, é preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta, como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação. Estamos, reitero, abertos à cooperação internacional", afirmou quase ao final de seu pronunciamento.

AMANHÃ publicou em março de 2014 uma reportagem de Capa sobre sequestro de carbono e o mecanismo de desenvolvimento limpo para remunerar serviços ambientais de "limpeza" da atmosfera, com a captura de CO2. Você pode conferir a matéria clicando aqui, mediante pequeno cadastro.

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Domingo, 09 Junho 2024

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